PERIGOS DE UM INTESTINO PREGUIÇOSO

Mau humor, barriga inchada e uma sensação de desconforto constante. Esses são apenas alguns dos sintomas causados pela constipação intestinal crônica, o nome científico dado ao popular intestino preguiçoso. O que a maioria das pessoas ainda desconhece são os males que tanto o descaso de quem já se acostumou a não usar o banheiro, quanto a automedicação – com o uso prolongado de laxantes – podem provocar à saúde.

“As pessoas acham normal ficar quatro ou cinco dias sem conseguir ir ao banheiro.

De acordo com o médico, o hábito de não evacuar adequadamente pode estar relacionado à presença de tumores intestinais e de inflamações no aparelho digestivo.

Além de poder esconder um problema mais grave, o descanso com essa “preguiça” intestinal ainda pode gerar outros incómodos, bem mais constrangedores. 

Ao permanecerem estocadas por vários dias no corpo, as fezes ressecam e podem provocar hemorróidas e fissuras, por exemplo.

Vida corrida e fatores emocionais também não deveriam ser usados como desculpa para deixar de atender a essa reação fisiológica – tão natural quanto comer e tomar banho todos os dias. 

Muitas pessoas por vergonha de usar um banheiro fora de casa ou pela tão criticada falta de tempo desenvolvem a mania de segurar essa necessidade orgânica. Resultado: o hábito gera uma perda do reflexo, até que, ao longo dos anos, a tal “vontade” finalmente desaparece.

Não é à toa que a maioria das queixas contra o mau funcionamento do intestino parte da ala feminina. 

“As mulheres têm mais pudores que os homens e foram acostumadas a ouvir desde pequenas que é muito feio fazer fora de casa. 

“O facto, portanto, não tem nada a ver com diferença fisiológica entre os sexos. É algo cultural somado aos maus hábitos alimentares.

Para funcionar como um reloginho

Uma forma eficiente para terminar com o desconforto depois de dias sem evacuar é recorrer aos laxantes. 

Mas aí está outra armadilha. “O uso prolongado desses remédios faz com que o intestino perca seu funcionamento habitual.

Os remédios são realmente eficientes, mas sua ação é tão intensa que provoca uma disenteria, ou seja, a eliminação excessiva de líquidos.

 “O medicamento desenvolve outro problema: a diarréia.

Para reverter a situação e deixar o seu “reloginho intestinal” funcionando nos eixos, a solução é a conhecida, porém pouco seguida, cartilha da vida saudável. 

“É preciso ter tempo para se cuidar. 

Tem que haver uma rotina que inclua a dieta alimentar rica em fibras, práticas de exercícios físicos regularmente e a ingestão de bastante líquido.

Confira, a seguir, dicas práticas para acertar os seus ponteiros:

- Coma de duas a três unidades por dia dos seguintes alimentos: tâmara, nozes, damasco e ameixa preta. 

“Esta é uma forma prática de recuperar o hábito de evacuação.

- Aproveite a fruta até o bagaço, principalmente laranja e tangerina.

- Dê preferência ao pão preto, pão de centeio, arroz e macarrão integrais.

- Inclua as fibras na sua vida. 

Mas caso você não goste ou não ingira a quantidade suficiente por meio dos alimentos in natura – o recomendável é 20g por dia – recorra às fibras solúveis. 

“Ao contrário do que muitos pensam, esse tipo de suplemento não vicia. 

As fibras são um combustível para o bom funcionamento do intestino e precisam ser ingeridas diariamente.

- Use as bactérias probióticas a seu favor. 

O nome pode parecer estranho, mas esses organismos vivos compõem vários iogurtes e outros derivados do leite. 

“Os probióticos são ativos que ajudam a manter a flora intestinal em ordem. 

Mas é preciso ter cuidado, pois algumas pessoas têm intolerância a lactobacilos, por exemplo, o que pode acarretar uma diarréia.

- Arrume um espaço na agenda para “visitar o banheiro”. 

“Fique pelo menos por 15 minutos todos os dias sentado na sanita. 

Mas nada de fazer força excessiva. 

Mantenha essa regra independentemente se irá evacuar ou não. Essa é uma forma de treinar seu intestino a trabalhar sempre no mesmo horário.

- Caso nada disso funcione. 

Corra para o consultório médico. 

Talvez sejam necessárias doses de laxantes, principalmente na primeira fase do tratamento, até que seu organismo esteja reeducado.
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